PULI
A raça puli é conhecida por seu look alternativo que a assemelha a um
esfregão. Além de lhe render comparações divertidas, a aparência
peculiar também lhe é útil: ela protege a pele dos cachorros da água e
da descamação.
Não se sabe ao certo de onde os pulis vêm, mas há indícios de que os
antigos romanos eram proprietários de cães semelhantes e há alguma
evidência de que a raça possui mais de 6 mil anos de idade.
O que se sabe é que eles poderiam ser encontrados na Ásia mais de 2
mil anos atrás e fizeram sua aparição na Hungria (país considerado o
berço da raça) há mil anos.
Os húngaros rapidamente adotaram os animais como cuidadores de
ovelhas – junto com uma raça similar, porém maior, conhecida como o
komondor. As duas raças de cães tomavam conta dos rebanhos dia e noite,
com o puli servindo como vigia e os komondor contribuindo com os
músculos quando necessário, para impedir a ação de predadores.
Embora os pelos compridos e especiais da raça cresçam naturalmente,
os proprietários ainda precisam ativamente cuidar da aparência do cão,
mantendo-o limpo. Os pelos podem crescer o suficiente para atingir o
chão ou podem ser cortados curtos. Os cães são muito ativos e
inteligentes e exigem muita atenção e exercício.
XOLOITZCUINTLI
Mais conhecido como
pelado mexicano, o
xoloitzcuintli é tão antigo que a raça já era adorada pelos astecas.
Segundo a mitologia, o deus Xolotl fez os cães a partir de uma lasca do
Osso da Vida, a mesma obra-prima para a criação de toda a humanidade.
Xolotl presenteou os homens com o cão, pedindo-lhes para cuidá-lo com
sua vida. Em troca, o cão guia o homem até o mundo da morte.
Os pelados mexicanos são cães dóceis e leais uma vez que atingem a
idade adulta, mas até se tornarem emocionalmente maduros – o que
acontece próximo aos dois anos de idade – eles ainda são muito
barulhentos e cheios de energia. Precisam de loção e muitos banhos para
prevenir queimaduras solares, acne e pele seca.
CÃO PELADO PERUANO
Não, a similaridade no nome com a raça anterior não é mera coincidência – em muitos aspectos, eles são como os
Pelados Mexicanos.
Estes cães também eram adorados por outra civilização antiga, desta vez
os incas, mas a raça é realmente muito mais antiga que a cultura inca.
A raça aparece em imagens em obras de arte peruanas desde 750 d.C. O
folclore peruano, muito baseado em histórias incas, assegura que abraçar
um desses cães pode curar problemas de saúde, em particular dores de
estômago.
Infelizmente, os animais quase entraram em extinção durante a
conquista espanhola no Peru. A raça se manteve viva graças a pequenas
aldeias em áreas rurais, onde os cães podem ainda ser encontrados em bom
número. Mais recentemente, criadores peruanos trabalham para proteger o
que resta dos cães pelados do Peru, garantindo uma significativa
diversidade de linhagem.
Estes cachorros podem ser um pouco teimosos e exigem treinamento
adequado desde pequenos. Também precisam de loção e muitos banhos para
prevenir queimaduras solares, acne e pele seca. Além disso, os cães
sofrem em lugares de clima quente.
NORSK LUNDEHUND
À primeira vista, você consegue encontrar algo de extraordinário
nesses cães? Preste atenção, o Lundehund tem algumas características
surpreendentes que o tornam fisicamente diferente de qualquer outra
raça.
Uma dessas características peculiares é o fato de que eles têm seis
dedos em cada pata. Pode contar. Eles também possuem uma única
articulação ligando o ombro ao pescoço, o que lhes permite esticar as
pernas em linha reta em ambos os sentidos. Além disso, sua testa alcança
até as suas costas. Eles também podem fechar seus canais auditivos à
vontade para evitar a entrada de sujeira ou água.
Tudo isso faz com que o Lundehund seja um caçador incrível de aves,
um nadador ágil e um grande alpinista em penhascos íngremes e fendas. Os
cães foram originalmente treinados para caçar papagaios no longínquo
século 17, mas depois que a prática caiu em desuso, a raça quase foi
extinta. Em 1963, havia apenas seis vivos. No entanto, graças ao cuidado
e esforço de uma dedicada equipe de poucos criadores, já existem pelo
menos 1.500 deles vivos hoje em dia.
Infelizmente, a raça possui um sério problema genético: uma doença
conhecida como gastroenteropatia dos Lundehund, que pode impedir os cães
de extrair nutrientes e proteínas de seu alimento.
CÃO DE CRISTA CHINÊS
Também conhecidos como
Chinese Crested Dog, Esses
pobres cachorrinhos são frequentemente desprezados pelos humanos por não
serem muito atraentes para os olhos. Na realidade, esses cães nem
sempre nascem sem pelo: existem duas variedades, uma possui pelos, e a
outra não. Ambos podem ter nascido na mesma ninhada.
Curiosamente, a variedade sem pelo pode até mesmo possuir uma camada
de pelos caso o gene que causa a ausência da cobertura de pelos não se
expresse tão fortemente. Quando isso ocorre, pode ser realmente difícil
diferenciar as duas variedades a distância. Outra diferença estranha é
que nos cães sem pelo muitas vezes falta um conjunto completo de dentes
pré-molares.
É interessante notar que os cães de crista chineses não vieram da
China. Ninguém sabe ao certo a origem deles, muitos suspeitam que a raça
tenha se originado na África. Ha também algumas evidências que esses
cachorros compartilham algumas características da raça dos pelados
mexicanos.
CÃO DA CAROLINA
Também chamados de
dingos americanos (caso “cão da
Carolina” soe engraçado para você), este cão não parece muito fora do
comum. Entretanto, o que o torna único não está na sua aparência física,
mas sim em seu DNA.
O cão da Carolina pode ser a mais antiga espécie canina da América do
Norte, tendo aparecido em pinturas rupestres no início da povoação de
nativos americanos. Eles também compartilham o DNA com dingos da
Austrália e com cães cantores da Nova Guiné (é cada nome…).
São animais relativamente primitivos, sujeitos a problemas de
hierarquia social (eles não são recomendados a proprietários de primeira
viagem).
CATAHOULA CUR
O nome não é a único coisa divertida sobre esses cachorros. Eles
também são excelentes caçadores e são até capazes de escalar árvores
durante uma perseguição.
Acredita-se que a raça é uma das mais antigas sobreviventes em toda a
América do Norte. Eles já eram apreciados pelos nativos americanos por
suas incríveis habilidades de caça há muito tempo. O nome da raça vem da
Paróquia Catahoula de Louisiana, onde a raça é originária.
Como cães “trabalhadores”, eles são conhecidos por ter muita energia.
Se devidamente treinados, esses cães leais podem ser facilmente
orientados para pastoreio, trabalho policial ou mesmo apenas para fazer
truques e entreter a sua família.
MASTIM NAPOLITANO
Se você é um fã dos filmes de Harry Potter, você está pensando no
animal de estimação de Hagrid, Fang. Embora eles não sejam tão
incrivelmente grandes quanto possa parecer nos filmes, os números
impressionam: 75 centímetros até os ombros quando de quatro e até 150
quilos de peso.
No decorrer da história, acredita-se que a raça lutou ao lado do
exército romano, tendo sido usada para atacar as barrigas dos cavalos
inimigos e feri-los.
Após a Segunda Guerra Mundial, a raça quase entrou em extinção, mas
graças aos esforços de um pintor italiano de criar um canil para
proteger a raça, os mastins napolitanos foram salvos. O pintor cruzou o
pouco dos mastins napolitanos restantes com seus parentes ingleses para
ajudar a diversificar a linhagem genética. Deu certo.
Os cães são grandes animais de estimação, mas são extremamente protetores com suas famílias.
Por isso, eles precisam de socialização desde pequenos, para garantir
que não se tornem muito agressivos contra estranhos. Eles raramente
latem, a não ser que sejam provocados e, como resultado, são famosos por
sua atacarem intrusos sem serem percebidos.
Fonte: tudosobrecachorros