terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Babuíno

Babuíno (do francês babouin) é a designação genérica para antropóides cercopitecídeos do gênero Papio e afins, caracterizados pelo focinho pontudo, caninos grandes, bochechas volumosas e calosidades nas nádegas. 
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/01/Papio_cynocephalus.004_-_Zoo_Aquarium_de_Madrid.JPG
É um animal semi-quadrúpede da ordem dos primatas que mede até 70 centímetros de comprimento. Vive na África e seu habitat natural é nos campos abertos (savana, pastagens ou terrenos rochosos). 
 http://www.noticiaanimal.com.br/images/bichos/c86e49a331392c697147c9c4a05a47dd.jpg
 Ao contrário dos macacos, os babuínos passam a maior parte do tempo no chão. Suas caudas não são preênseis. Os babuínos são grandes lutadores e demonstram pouco medo de outros animais, inclusive seres humanos. Todos têm hierarquias fortes e complexas dentro dos grupos familiares. 
 http://download.ultradownloads.com.br/wallpaper/45566_Papel-de-Parede-Macaco_800x600.jpg
Geralmente os babuínos vivem em grandes bandos comandados pelos machos dominantes. Ao contrário do que ocorre com a maioria das outras espécies, quase não há disputas pelo controle do bando ou pelo direito de se acasalar com as fêmeas, sendo o único privilégio dos machos dominantes alimentar-se primeiro quando se encontra alimento.
 http://farm8.staticflickr.com/7277/8155808500_ff9328208a_o.jpg
 Os babuínos são onívoros , isto é, comem muitos tipos diferentes de alimento. A sua dieta, entretanto, varia de acordo com a estação do ano, o território que está sendo habitado, a idade e o sexo do indivíduo. 
 
As fêmeas e os filhotes recém-nascidos, por exemplo, alimentam-se de capim, já os filhotes mais desenvolvidos comem casca de árvore, insetos e lagartos.
 
Espécies

Há cinco espécies de babuínos na África:

    Papio anubis (F. Cuvier, 1825) - Babuíno-anúbis
  

    Papio cynocephalus (Linnaeus, 1766)
   
Papio hamadryas (Linnaeus, 1758) - Babuíno-sagrado

    Papio papio Desmarest, 1820

    Papio ursinus (Kerr, 1792)

quinta-feira, 24 de outubro de 2013


Tigre, leão, onça: compare os poderes dos três maiores felinos do planeta

O tigre é rei das habilidades, o leão é o rei da turma e a onça é a rainha da mordida!

Texto: Noêmia Lopes •Fotos: Shutterstock
felinos
TIGRE - O REI DAS HABILIDADES
  • Tempo de vida: até 20 anos
  • Peso: até 300 quilos
  • Comprimento: até 3 metros
Ele é superpoderoso!
O tigre mergulha, nada, pode se camuflar e tem visão noturna 6 vezes melhor do que a dos humanos! Usando tudo isso, abate presas que têm até 4 vezes o peso dele. Ah, e ainda é o maior felino do mundo! Não é para menos que o tigre é o mestre das habilidades e o peso-pesado entre os grandes gatos.
Fome daquelas...
Camuflado pelas listras, o tigre ataca rápido, com as fortes patas dianteiras e as garras afiadas. Os alvos são veados, porcos selvagens e até rinocerontes. Faminto, ele usa a língua áspera para raspar os ossos e aproveitar bem a carne.
São vários!
Há seis subespécies de tigres na Ásia. O maior é o siberiano, com até 3 metros de comprimento. Os outros: tigre-de-bengala, tigre-de-sumatra, tigre-do-sul-da-china, tigre-da-indochina e tigre-malaio.
tigre
LEÃO - O REI DA TURMA
  • Tempo de vida: até 15 anos
  • Peso: até 260 quilos
  • Comprimento: até 2,5 metros
Gatão da família
Apesar de ser imponente sozinho, o leão fica mais imbatível em grupo. Os machos protegem o território dos rivais, sempre contando com a juba, que evita ataques ao pescoço. As fêmeas caçam e cuidam dos filhotes. Assim, todos têm mais chances de sobreviver e dominar a área em que vivem.
Exclusividade leonina
Os leões são os únicos felinos que vivem em grupos, com até 30 animais em cada uma das turmas. A maioria deles habita as savanas africanas. E também há alguns que moram em florestas asiáticas.
Adeus, meninos!
Os grupos de leões costumam ter vários filhotes. Os machos ficam com a turma até os 2 anos, quando vão formar famílias próprias. Já as fêmeas podem permanecer sempre com o mesmo grupo.
leao
ONÇA-PINTADA - A RAINHA DA MORDIDA
  • Tempo de vida: entre 12 e 15 anos
  • Peso: até 120 quilos
  • Comprimento: até 1,8 metro
Mantenha distância!
Quando o assunto é usar a boca para abater presas, a onça-pintada é radical! Tudo graças à força das mandíbulas e dos dentes caninos. O resultado é a mordida mais poderosa entre todos os felinos! Para você ter uma ideia, a força é tão grande que uma abocanhada pode perfurar até o casco de uma tartaruga.
Uma fera americana
Moradora de florestas e pântanos das Américas, a onça-pintada é o terceiro maior felino do mundo (perde apenas para o tigre e para o leão). Ela usa o corpo e as patas musculosas para subir em árvores e nadar em rios.
O segredo é ter calma
À noite, quando a visão fica mais poderosa, a onça se camufla (com as pintas do corpo) e espera, com muita paciência, a hora certa para atacar. Os alvos são bichos como capivaras e antas. Outra estratégia para obter comida é agitar a cauda em rios, atraindo peixes.
onca

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Curiosidade

5 Técnicas usadas por cães para "ler sua mente"


Não se engane: a esperteza do seu cachorro de estimação vai muito além de truques como deitar, rolar e se fingir de morto. Graças a algumas características que a evolução lhe deu, ele pode entender o ser humano de forma muito mais precisa do que outros animais.
Conheça, a seguir, cinco delas:

5. Empatia

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Humanos e outros primatas estão entre os poucos seres capazes de bocejar ao ver outros fazendo o mesmo, uma capacidade fortemente ligada à empatia (a tendência de se colocar no lugar do outro). Curiosamente, cachorros também fazem parte desse grupo seleto.
Ainda não se sabe exatamente o porquê, mas há uma teoria segundo a qual a seleção natural beneficiou cães para serem capazes de compreender esse comportamento – que, acredita-se, é entendido desde tempos antigos como um sinal de tédio ou cansaço. Este que vos escreve, por sinal, fez um teste com seu fiel cachorro de estimação, que prontamente bocejou quando o viu bocejar (se você tem um cachorro em casa, faça o teste e nos diga nos comentários se funcionou!).
A empatia canina, contudo, não se limita a bocejos: eles percebem quando estamos felizes, tristes, preocupados ou feridos, e dão uma resposta coerente, seja abanando o rabo ou se colocando ao nosso lado. Vale lembrar que a capacidade de reconhecer emoções é relativamente rara mesmo entre espécies complexas.

4. Ponto de vista

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Um estudo publicado em 2009 na revista Behaviour mostrou que, de alguma forma, os cães conseguem entender que o que nós enxergamos é diferente do que eles enxergam. Para avaliar esse fenômeno, os pesquisadores colocaram um cachorro e uma pessoa em lados opostos de uma sala e, ao centro, dois brinquedos idênticos. Um dos brinquedos estava separado da pessoa por uma barreira opaca e o outro, por uma barreira transparente. Quando a pessoa ordenou que o cachorro levasse o brinquedo até ela (sem apontar ou dar qualquer indício de qual brinquedo estava falando), ele escolheu o que a pessoa era capaz de ver. Isso se repetia a menos que a pessoa estivesse de costas – nesse caso, o cachorro escolhia o brinquedo aleatoriamente.
Por entender essa diferença de pontos de vista, muitos cachorros seguem instruções como “não coma isso!” ou “não faça aquilo!” apenas quando seus donos estão olhando – assim, se você não quer que ele roube aquela fatia de bacon que está sobre a mesa da cozinha, é bom manter a vigilância.

3. Reconhecimento de opinião

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De modo geral, cachorros de estimação gostariam de comer o mesmo alimento que seus donos, não apenas porque parece mais saboroso, mas porque, se o dono gosta, o cachorro imagina que esse alimento é bom.
Essa influência ficou evidente em diversos estudos, em que os animais deram preferência a alimentos escolhidos por seus donos mesmo quando havia porções maiores à disposição.

2. Apontar

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Se pensarmos bem, olhar para um objeto para o qual outra pessoa está apontando (ao invés de olhar para a mão dela) não é algo tão óbvio quanto parece – e mesmo assim cachorros conseguem entender o gesto, algo que nenhuma outra espécie (além da humana) é capaz de fazer. Isso vale não apenas para o gesto de apontar, mas também para o de prestar atenção em algo.
Supostamente, isso é outra consequência da seleção natural e uma soma das outras características citadas acima.

1. Ciúme

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Se você tem dois cachorros e der mais atenção ou carinho para um deles, o outro eventualmente vai sentir ciúme, e pode até mesmo se tornar agressivo e estressado. Essa busca por atenção pode chegar ao ponto de fazer com que uma mãe ataque seus filhotes, se sentir que está sendo deixada de lado por seu dono.
Vale lembrar que sentimentos como ciúme ou culpa exigem uma certa autoconsciência (mais um atributo raro no mundo animal, até onde sabemos).

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Os tamanduás, também chamados papa-formigas, são membros da ordem Pilosa que vivem nas florestas e savanas das Américas Centras e do Sul, desde o Belize até a Argentina.
Se alimentam de formigas e principalmente de cupins, que retiram dos cupinzeiros com a sua longa língua – chega a ter 50 cm de comprimento – alojada dentro de um focinho também afunilado. Para desfazer os cupinzeiros, os tamanduás têm garras fortes e curvas nas patas dianteiras, que lhes dificultam o andar.
O peso do tamanduá - bandeira  adulto pode atingir quarenta quilogramas e seu comprimento, 1,80 metros, incluindo a cauda, que pode chegar à metade desse tamanho. Este tipo de tamanduá, o Myrmecophaga tridactyla, se encontra em perigo de extinção. Suas fêmeas têm um único filhote por ano, muito pequeno e frágil, que é carregado nas costas da mãe até cerca de um ano de idade, tornando-se, assim, muito vulneráveis aos predadores. Outro grande problema que pode afectá-los é a destruição do seu habitat.
É quase cego e surdo, mas, por outro lado, tem excelente olfato. Ele pode sentir o cheiro de uma presa ou de um predador a dezenas de metros de distâncias.

Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Infraclasse: Placentalia
Superordem: Xenarthra
Ordem: Pilosa
Subordem: Vermilingua
Família: Myrmecophagidae  

 

Tipos de Tamanduá


O animal tem depressão?


Sim, assim como os humanos, qualquer mamífero pode ficar deprimido.
Nos animais de estimação, um dos principais sintomas é a falta de interesse pelas atividades rotineiras, como comer, passear, brincar.
A origem pode ser genética ou causada por doenças, como viroses.
Manter um animal isolado do carinho do dono ou preso em um ambiente pequeno e sem estímulos também pode gerar depressão.
E até mesmo o estado depressivo do dono pode afetar o animal.

O cão mais caro do mundo


Os cães são os melhores amigos do homem, e, no caso do mastim tibetano, podem ser o mais caro também. Ter um cachorro dessa raça rara virou um símbolo de status entre os ricos da China. No país, os animais são vendidos a cerca de U$ 750 mil (cerca de R$ 1,5 milhão).

O mastim tibetano chama atenção por seu enorme tamanho, que lhe rende o título de um dos maiores cães do mundo. Outra característica única são seus pelos espessos e volumosos. Por esse motivo, os animais vivem mais adequadamente em regiões frias.

A raça foi recriada por britânicos no fim da década de 1800, após ter sido declarada extinta. Antigamente, esses cachorros enormes eram conhecidos por protegerem casas e rebanhos. Depois de mais de um século de cruzamentos seletivos, o mastim se tornou um ótimo cão e companhia.


quarta-feira, 10 de julho de 2013

Competição mundial de felinos reúne gatos raros e exóticos em Vinhedo

Exposição ocorre neste domingo (14), no Parque Municipal Jayme Ferragut.
Mostra reúne pelo menos 200 animais e pode ser conferida das 10h às 19h.

Do G1 Campinas e Região
13 comentários
Campeonato mundial de felinos reúne gatos 'exóticos' em Vinhedo, SP (Foto: João Mauricio Garcia / G1 Campinas)Conhecido como "gato gigante", raça Maine Coon pode pesar até 11 quilos (Foto: João Mauricio Garcia / G1)
A Expo Gatos 2013, campeonato mundial de felinos, reúne neste domingo (14) gatos de raças raras e exóticas no ginásio poliesportivo do Parque Municipal Jayme Ferragut, em Vinhedo(SP). A mostra ocorre das 10h às 19h e o ingresso é um pacote de ração para gatos.
Segundo a Associação da Raça Maine Coon no Brasil (Amacoon), responsável pela organização do evento, os visitantes podem conferir pelo menos 200 animais.

Entre os destaques estão os  gatos das raças Ragdoll, Bengal, Devon Rex e Maine Coon - que podem pesar até 11 quilos. No ano passado, a primeira edição do campeonato na cidade recebeu 8 mil visitantes. A competição segue as normas da Fedération Internationale Féline (Fifé), da França.
A Expo Gatos oferece estandes com venda e distribuição de amostras de produtos pets. As crianças podem fazer pintura temática no rosto e a mostra possui praça para alimentação.
Serviço
O ginásio poliesportivo do Parque Municipal Jayme Ferragut está localizado na Estrada da Boiada, em Vinhedo (SP). Mais informações estão disponíveis no site da Amacoon.
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Competição mundial de felinos reúne gatos raros e exóticos em Vinhedo (Foto: João Mauricio Garcia / G1 Campinas)Expo Gato reúne pelo menos 200 animais em parque de Vinhedo (Foto: João Mauricio Garcia / G1 Campinas)


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Os 5 animais mais raros do mundo

Essa lista é pra galera que acha que só a Jaguatirica está em perigo de extinção. Na verdade ela ocupa o status de “Pouco preocupante” na lista da Conservação mundial de espécies. Aqui nesse post só vai encontrar animal que já tá no bico do urubu, desculpe a maldade.
E galera, não deixem de comentar. Bom, chega de enrolação, vamos a lista!
linha

1- Tartaruga-das-galápagos-de-pinta (Geochelone nigra abingdoni)

tartaruga1
- Existe apenas 1 (um) desses vivo.
- Essa é uma das subespécies das tartarugas gigantes de galápagos, e a mais diferente delas com seu longo pescoço.
tartaruga2
“Omnomnomnomnom
tartaruga3
- A tartaruga chama-se George, o solitário, e tem mais de 130 anos.
- Apesar da idade, George é saudável. Ele e seu estranho pescoço de cobra.
tartaruga4
George foi encontrado por acaso enquanto um biólogo, Joseph Vagvolgyi, estava procurando por cabras nas Ilhas Pinta, em 1971. Desde essa data, diversas tentativas de reproduzir George com tartarugas da “Ilha Isabela” (vizinha da Ilha Pinta) foram feitas, e nenhuma ainda teve êxito.
tartaruga5
George de boa na lagoa.
Porém, na Ilha Isabela, existem 2000 tartarugas, e estima-se que alguma delas carregue o gene necessário para que um cruzamento entre ela e George resulte em uma “Tartaruga-dos-galápagos-de-pinta” pura.

2- Lince-ibérico (Lynx pardinus)

lince1
- Ele é o único grande felino em perigo de extinção atualmente.
- Tem cara de gato, mas porte bem maior. O padrão de cor de um leopardo também ajuda um pouco a diferenciar ele de um gato normal.
lince2
Cavanhaque nas orelhas significa que você é o cara.
lince3
- É natural da Espanha e tem cerca de 70cm de altura.
- Uma das causas do desaparecimento é que os linces sempre caiam nas armadilhas feitas para caçar coelhos.
lince4
Depois desse fiasco dos caçadores de coelhos e lebres da Espanha que deixavam armadilhas overpower para caçar coelhos e acabavam matando linces, o Governo Espanhol vetou esse tipo de caça, mas não adiantou muito depois da merda feita.
lince5
WTF is that?
Em 2005 o número total de linces-ibéricos não passava de 100 indivíduos barbudos, mas em 2006 um milagre aconteceu. Nasceram 3 linces-ibéricos em cativeiro, e a esperança de multiplicar esse número em cativeiro aumentou.


3- Golfinho-lacustre-chinês (Lipotes vexillifer)

golfinho1
- Existe não mais que 10 indivíduos dessa espécie.
- Lipotes (do nome científico) significa “deixado para trás”.
golfinho2
Não repare nos pneuzinhos, ele está de dieta agora.
golfinho3
- É um dos mamíferos que mais perigam de entrar em extinção. Se você faltou à aula de Biologia, golfinhos são mamíferos, ok?
- Ele era considerado extinto até 2007, quando um morador o avistou e filmou com o celular.
golfinho4
Ação de ONGs para acabar com a matança.
Caso essa espécie de golfinho venha a entrar em extinção, vai ser registrada como a primeira extinção como resultado da ação direta (e não indireta) do homem, já que ele sofre por causa das pescas abusivas e poluição.
golfinho5
Antes era bonito tirar foto assim…
Não me pergunte o porque vai ser registrado como primeira, pois várias outras espécies entraram em extinção por causa do homem. Eu também não entendo o motivo, mas dizem que foi por conta de construção de usinas bem no seu habitát natural, o que também não faz sentido dizer que vai ser o primeiro. Mas enfim, do que sabe um blogueiro?

4- Coelho asiático (Caprolagus hispidus)

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- Ele só é encontrado no Himalaia, Nepal, e outros lugares de fácil acesso.
- Junto com o golfinho, é um dos mamíferos que mais correm risco de extinção.
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Ele não tem cara de entediado?
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- Ele tem uma cara engraçada: esquilo + coelho + marmota?
- Ele acaba com a crença popular que um coelho deve ter pernas longa e orelha grande.
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Até 1964 ele era considerado extinto, até que um foi visto dando um rolê no Himalaia. Depois disso, biólogos do mundo inteiro fizeram uma busca frenética por esse coelhinho estranho, e acharam cerca de 100 dessa espécie.
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Essa seria uma boa notícia, mas algo imprevisto aconteceu. Esses coelhos não se adaptam à vida de cativeiro e por isso não conseguem se reproduzir com a assistência do homem. Talvez porque tenham vergonha de outra parte do corpo que também não é longa o suficiente.

5- Búfalo-da-água (Bubalus mindorensis)

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- É o búfalo mais estaile que existe, com chifres estilo tesoura.
- Nos EUA chama-se também “Búfalo-anão de Minoro” por ter apenas 1m de altura.
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“Omnomnomnom” Tradução: “Que foi?”
bufalo3
- É natural das Filipinas, e lá se usa/usava para agricultura por ser extremamente forte.
- Uma das causas bizarras (doença) que afetaram o perigo de extinção foi a Malária.
bufalo4
bufalo5
Em 1900 tinha mais de 10.000 Búfalos-da-água correndo felizes no mundo. Porém a diversão (escravidão) deles acabou em 1980 quando foram considerados em estado crítico de extinção: tinha apenas 2000 indivíduos no mundo.
bufalo6
Não sei que parte do “estado crítico de extinção” os filipinos não entenderam, pois continuaram a escravizar e matar esses búfalos, até que em 2002 foi contabilizado apenas de 30 a 200 deles. Esse número continua a diminuir conforme os anos passam.

Fonte: O verso do Inverso

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Panda-gigante

O panda-gigante ou urso-panda (nome científico: Ailuropoda melanoleuca, do grego: ailuros, gato + poda, pés; e melano, preto + leukos, branco) é um mamífero herbívoro da família Ursidae endêmico da República Popular da China. O focinho curto lembrando um urso de pelúcia, a pelagem preta e branca característica e o jeito pacífico e bonachão o tornam um dos animais mais queridos pela humanidade. Extremamente dócil e tímido, dificilmente ataca o homem, a não ser quando extremamente irritado.

Nomenclatura e taxonomia

O urso panda foi descrito pelo missionário francês Armand David em 1869 como Ursus melanoleucus.No ano seguinte, Alphonse Milne-Edwards ao examinar o material enviado por David, notou que os caracteres osteológicos e dentários o distinguia dos ursos e o aproximava ao panda-vermelho e aos procionídeos, descrevendo então um novo gênero para a espécie, e recombinando-a para Ailuropoda melanoleuca. No mesmo ano, Paul Gervais concluiu com base num estudo das estruturas intracranianas que o panda era relacionado com os ursos, criando um novo gênero, o Pandarctos. Em 1871, Milne-Edwards acreditando que o gênero Ailuropoda estava pré-ocupado pelo Aeluropoda de Gray, publicado em 1869, propõe o nome Ailuropus. William Henry Flower e Richard Lydekker em 1891 emendam o novo nome de Milne-Edwards para Aeluropus, resultando em uma considerável confusão na literatura subsequente.

Características

Ficha técnica
Altura 65 - 70 cm
Comprimento 120 - 150 cm
Cauda ~13 cm
Peso 75 - 160 kg
Tamanho de ninhada 1 - 2
Gestação 97 - 163 dias
Desmame 8 - 9 meses
Maturidade sexual 5,5 - 6,5 anos (machos)
Longevidade 34 anos (em cativeiro)
O panda-gigante é um mamífero que come bambu (folhas) de cor preto e branco. A pelagem é grossa e lanosa para suportar as baixas temperaturas no ambiente subalpino em que vive. As manchas oculares, membros, orelhas e uma faixa que atravessa os ombros são negras; alguma vezes com um tom amarronzado. O restante do corpo é branco, mas pode se tornar "encardido" com a idade. A população da região de Qingling apresenta a pelagem em dois tons contrastantes de marrom.
O crânio e a mandíbula são robustos, a crista sagital é bem desenvolvida, e os arcos zigomáticos são expandidos lateralmente e dorsoventralmente, assim como nos demais carnívoros arctóideos. Difere dos outros ursídeos, por apresentar a fissura orbitária confluente com o forame redondo, os processos pós-orbitais são reduzidos, e o canal alisfenóide é ausente. Apresenta o forame intepicondilar, uma características primitiva, somente compartilhada com o Tremarctos ornatus.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

FAUNA BRASILEIRA


A Fauna do Brasil envolve o conjunto de espécies animais distribuídas por todo o território brasileiro. Na selva amazônica existe uma abundante fauna de peixes e mamíferos aquáticos que habitam os rios e lagos. As espécies mais conhecidas são o pirarucu e o peixe-boi (este em via de extinção). Nas várzeas existem jacarés e tartarugas (também ameaçados de extinção), bem como algumas espécies de anfíbios, notadamente a lontra e a capivara e certas serpentes, como a sucuri. Nas florestas em geral predominam a anta, a onça, os macacos, o preguiça, o caititu, a jibóia, a sucuri, os papagaios, araras e tucanos e uma imensa variedade de insetos e aracnídeos.
Nas caatingas, cerrados e campos são mais comuns a raposa, o tamanduá, o tatu, o veado, o lobo guará, o guaxinim, a ema, a seriema, perdizes e codornas, e os batráquios (rãs, sapos e pererecas) e répteis (cascavel, surucucu e jararaca). Há abundância de térmitas, que constroem montículos duros como habitação. De maneira geral, a fauna brasileira não encontra rival em variedade, com muitas espécies inexistentes em outras partes do mundo. São inúmeras as aves de rapina, como os gaviões, como as corujas e os mochos, as trepadoras, os galináceos, as pernaltas, os columbídeos e os palmípedes.

Mamíferos

Marsupiais

O grupo de animais a que pertence o gambá difere tanto do dos demais mamíferos, que constitui uma subclasse, chamada dos didelfos ou ainda metatérios, em oposição à todos os demais mamíferos, que são os prototérios e monodelfos placentários ou eutérios.
Não bastará citar esta enfiada de nomes rebarbativos. É indispensável dizer por que foi preciso dividir em três a classe dos mamíferos. Militaram, de fato, para isso, razões ponderáveis.
Os marsupiais (que constituem a ordem única da subclasse) acham-se bem caracterizados pelo fato de os filhos nascerem ainda em começo de seu desenvolvimento verdadeiros embriões e após passarem para uma bolsa (marsúpio) que se localiza na região ventral posterior, isso nas espécies de maior tamanho,tal bolsa não existe, ou limita-se a uma simples prega lateral da pele.
A esse caráter, tão evidente em certas famílias, e apenas vestigial na maioria delas, vêm se juntar outros comuns a todas. Nas espécies brasileiras, há um sistema dentário com 50 dentes (i 5/4 c 1/1 pm 3/3 m 4/4), quer dizer, 13 dentes em cada ramo dos maxilares superiores e 12 nos da mandíbula.
Tal forma dentária afasta-se da que se encontra na maioria dos mamíferos a qual raramente consta de mais de 44 dentes. Ainda mais. A dentição é definitiva, exceção apenas de um só molar que sofre muda. Apontaremos mais o fato de os marsupiais possuírem dois úteros (didelfia) e a cloaca ser ao mesmo tempo a abertura urogenital, quer dizer, um esfíncter comum abarca as duas aberturas, anal e urogenital.
Os zoólogos ainda notam mais outros caracteres, como placenta ausente ou muito rudimentar. O cérebro não apresenta corpo caloso. A ordem dos marsupiais está dividida em várias famílias, só ocorrendo, no Brasil, uma: a dos didelfídeos, cujas espécies são assim grupadas por Miranda Ribeiro:
Arborícolas
Gambá fêmea, com a bolsa marsupial cheia de filhotes.
  1. Fêmea com bolsa perfeita, com pelo grosseiro — Didelphis.
  2. Fêmeas com bolsa, pelo fino, macio ou lanosoMetachirops.
  3. Fêmeas com bolsa imperfeita, verdadeira prega lateral:
    1. Pelo curto, base da cauda descoberta — Metachirus.
    2. Pelo farto, lanoso, cobrindo a cauda até a ponta — Mallodelphis.
    3. Idem à anterior, com a cauda coberta só na base — CaluromysPhilander.
  4. Fêmea sem vestígio de bolsa — Marmosa.
Nadadoras
  1. Com pés palmados, cauda não-preênsil, anfíbiosChironectes.
Terrícolas
  1. Cauda pouco ou não-preênsil, maior que o corpo e a cabeça juntos, aspecto musteloideLutreolina.
  2. Cauda menor que o corpo - Monodelphis (= Peramys), Microdelphis.
Percebemos logo pela divisão dessa família, com cerca de quarenta espécies conhecidas, que seus diversos membros têm hábitos dessemelhantes, pois, uns vivem nas árvores, outros habitam o solo e alguns até freqüentam as águas numa vida semiaquática.
Claro está que, igualmente, a alimentação deles deve diferir como teremos ensejo de ver.
O povo, a bem dizer, só distingue entre todos os membros da família cinco ou seis tipos: gambás, cuícas, cuíca-cauda-de-rato, cuíca-d'água, gambá-marta e rato-cachorro.
Convém, como melhor esclarecimento, dizer que embora a ordem seja chamada dos marsupiais, por possuírem uma bolsa onde protegem os filhos, este caráter só aparece, ao menos no Brasil, nas espécies do gênero Didelphis, gambás propriamente ditos e em uma cuíca. As demais ressentem-se da ausência da bolsa.

Quirópteros

No Brasil, assim como resto da América Latina, existem três tipos de morcegos:

Hematófagos

Existe quase uma centena de espécies de morcegos que habitam o Brasil, somente três se alimentam de sangue. Estas três constituem a família dos Desmodontídeos. Para bem distintingui-los, como convém, entre os demais, diremos que apresentam corpo robusto, orelhas curtas, com trago muito notável. Dedo polegar muito comprido. Focinho curto, com apêndice nasal reduzido a uma simples carúncula membranosa em torno das narinas. Esse focinho olhado de frente ou de perfil dá-nos impressão de uma miniatura de buldogue.
Sturnira lilium.
Mas o que muito caracteriza a família é não possui senão pequena e fina membrana ligando as pernas sem o menor vestígio da cauda. Ainda mais que isso,1 caracteriza seguramente a família o seu aparelho dentário, cujos "molares são estreitos, com margens cortantes e incisivos superiores muito grandes, falciformes, maiores que os próprios caninos e extremamente aguçados".
Os morcegos hematófagos não se penduram pelos pés, como os frugívoros e insetívoros. Encostam a uma parede, ou árvore, com as asas encolhidas, fixando a unha do seu dedo polegar à parede a que se agarram, com a cabeça para baixo, no estilo geral da ordem. Embora assim apoiados à parede, tabuado, tábua, árvore, jamais ajustam o ventre a essa superfície. Há sempre um pequeno afastamento.
Outra particularidade é que sabem andar pelo chão, ou melhor, sabem locomover-se aí, aos altos à maneira dos sapos. Fixam residência no oco das árvores ou grutas, de onde saem ao baixar do crepúsculo para atacar animais de cujo sangue exclusivamente vivem. Atacam toda a espécie de gado, ave domésticas e animais silvestre.
Sílvio Torres, que entre nós fez observações minuciosas a respeito dos costumes destes animais em cativeiro, escreve:2
Quando se alimentam, é na maioria das vezes, com a cabeça para cima, de modo a apanhar o sangue que ocorre pela ferida; algumas vezes os vi lamberem o sangue por cima da ferida.
Os lugares para moderem são a base da cauda, a cernelha, espádua, a tábua do pescoço, a coroa os cascos e a face interna das coxas e testículos, quando os animais estão deitados.
Tendo o animal feridas anteriores, raspam eles com os dentes a casca até sair sangue; quando o animal não está ferido, eles escolhem o local, e mordem fazendo uma ferida redonda, pequena, só na epiderme, por onde corre o sangue. Ao morderem fazem um barulho seco — tac.
O animal, ao ser atacado, pela primeira vez, abana a cauda, e demonstra pelos movimentos, sentir a dentada. A crença de que os morcegos hematófagos secretam uma substância anestesiante antes de morderem não é verdadeira, pois sempre vi os animais demonstrarem que sentem a dentada.
Os animais do campo estão habituados a que pousem sobre eles pássaros que vêm comer carrapatos e por isso, não se espantam muito quando o morcego pousa neles.
Além disso, o morcego, antes de morder, fica muito tempo pousado no animal como que acostumando-o à sua presença.
Depois de feita a ferida, o morcego fica com a boca aberta junto dela, deixando sair a saliva: esta saliva, que contém substância anticoagulante, facilita a saída do sangue. O morcego encosta então a língua na ferida e canaliza o sangue para a boca. Quando eles ferem a pele da coroa dos cascos, vê-se nitidamente que encostam a língua na ferida e canalizam o sangue para a boca. Quando eles ferem a pele da coroa dos cascos, vê-se nitidamente que encostam a língua na ferida e canalizam o sangue para a boca.
Eles são ágeis; quando o animal recua o , dão um salto para trás; se o pé avança, saltam para frente como se fossem um sapo.

As três espécies sanguívoras são:
Desmodus rotundus rotundus.
Diaemus youngi.
A. Ruschi, escreve:
Além dos desmodontídeos, observamos que, acidentalmente, os filostomídeos Artibeus jamaicensis lituratus (Lichl) e Phyllostomus hastatus hastatus (Pallas) se alimentam de sangue. Em 1940 obtivemos alguns exemplares de Artibeus jamaicensis lituratus, colecionados nas folhas de palmeira real que se encontra no parque do Museu de Biologia, e ficamos surpresos quanto ao exame do conteúdo estomacal. Encontramos além de fragmentos de frutas, sangue coagulado. O fato levou à suposição de o fato ter sido provocado por hemorragia interna, devida ao impacto do ferimento recebido pelo projétil. Mais tarde, em 1952, pudemos observar que tal não acontecera, e houve a oportunidade de vê-los alimentarem-se de carne e sangue, o que nos elucidou a ocorrência anterior.

Eurico Santos, autor da Coleção Zoologia Brasílica, afirma em seu sexto volume:
Também, ficamos surpreendidos ao encontrar, em Castelo, no Espírito Santo, no oco de uma figueira, uma colônia de Phyllostomus hastatus hastatus, vivendo em comum com uma colônia de Molossus rufus. Nas fezes que escorriam pelo tronco dessa árvore, com a consistência e à semelhança das fezes dos desmodontídeos, após examinarmos o conteúdo estomacal de muitos indivíduos, constatamos ser responsável pelo sanguivorismo o P. hastatus hastatus, enquanto M. rufus rufus só trazia insetos no estômago. Em julho de 1952, tivemos em cativeiro tanto P. hastatus hastatus como Artibeus jamaicensis lituratus alimentando-se com carne e sangue. Tais observações puderam, de certa forma, reforçar o que P. L. Ditmars observara em 1935 na Ilha de Trindade, com o Vampyrus spectrum (Lin.) alimentando-se de pequenas aves e ratos.
Ainda achamos interessante enumerar aqui os trabalhos que realizamos com as espécies de quirópteros encontrados no Espírito Santo, uma vez que preparamos lâminas dos lóbulos cerebrais, do cerebelo e encéfalo, nos quais encontramos com freqüência corpúsculos de Negri; apenas tais corpúsculos foram observados em representantes das famílias Desmodus rotundus rotundus, Diphylla ecaudata, Artibeus jamaicensis lituratus, Phyllostomus hastatus hastatus, Lonchoglosa ecaudata, Lonchorhina gurita, Tonatia brasiliense, Molossus rufus e Todarida espiritosantensis.

Afirmou ainda que os morcegos sanguívoros devem ser perseguidos e destruídos, pois além de prejudicarem os animais domésticos pelas sangrias constantes, a ponto de matá-los, atacam também o homem e, além de tudo, está provado que vêm sendo causadores das epizootias de raiva que se desenvolveram em Santa Catarina e outros estados do Brasil.
Afora a raiva, tais morcegos transmitem provadamente algumas outras doenças aos animais domésticos, como a murrina e o mal-de-cadeiras, ambas causadas por tripanossomas.
Acredita-se que certas pessoas são preferidas pelos morcegos. A. R. Wallace, nas suas Viagens pelo Rio Amazonas e Rio Negro, diz que lhe informaram que certa rapariga índia era tão perseguida pelos morcegos, os quais a sugavam constantemente, e que, por fim, estando ela tão enfraquecida que os parentes, receosos pela vida da criatura, a levaram para outra região não tão abundante em morcegos.

Insetívoros e frugívoros

Com excrescência (folha) muito notável em cima do nariz (Filostomídeos)
Esta família, a mais numerosa das espécies, encerra famílias ricas em gêneros e muitas espécies. Só numa subfamília, a qual encerra apenas três espécies, naturais de Mato Grosso, é que não se encontra a excrescência (folha) em cima do nariz.
É pois, uma boa maneira de distinguir os membros dessa família, que encerra morcegos, geralmente de grande tamanho e até gigantescos e outros bem pequenos. Orelhas desenvolvidas, o mais das vezes.
Os que se alimentam de insetos apanham-nos ao voo e os frugívoros, que constituem maioria, penduram-se nas fruteiras e aí devoram os frutos. Habitam os ocos das árvores, grutas, fendas e cavernas. Outros há que se refugiam nas próprias árvores.
Vampyrum spectrum empalhado.
Durante algum tempo, essa família de mal-encarados morcegos, pesou a pecha de sanguivorismo. Basta citar o nome de uma espécie: Vampyrum spectrum para sentirmos uma arrepio de horror.
Trata-se do maior dos morcegos brasileiros, com 70 cm de envergadura, injustamente caluniado, arrastando através dos tempos a lenda do mais sedento vampirismo. E, entretanto, a feia criatura alimenta-se de frutos, insetos e carne, especialmente as aves, mas de sangue, não. Encontra-se da Bahia ao norte.
Na subfamília dos glossofagíneos, encontram-se morcegos que por muitos tempo foram julgados hematófagos. Esta velha pecha de sanguivorismo não era entretanto gratuita, pois recentemente (1953) Augusto Ruschi verificou que Phyllostomos hastatus hastatus era seguramente hematófago, e ainda igual regime alimentar-se se pode imputar às outras espécies até então livres desta suspeita, como ficou assinalado anteriormente.
Os autores antigos acreditavam que as longas papilas filiformes da língua fosse apêndices apropriados à sucção, mas sabe-se hoje que apenas se dedicam a extrair a polpa de certos frutos.
Sem excrescência em cima do nariz ou apenas com vestígios dela
  • Com focinho de rato (Vespertilionídeos): Dá-nos essa família os morcegos mais vulgares, cosmopolitas, pois são encontrados em toda a parte, exceto nas regiões polares. Das seis subfamílias em que se acham divididos, uma ocorre no Brasil com 13 espécies.
    São animais de porte não muito avantajado, focinho comprido, muito semelhante ao do rato, sem excrescência em cima do nariz, orelhas ora curtas, ora muito grandes, e trago comprido. A cauda é comprida e quase toda envolvida na membrana interfemural.
    Em geral são cor de rato ou avermelhados. Alimentam-se especialmente de insetos e podem ser assim considerados úteis e dignos de proteção.
    Logo que desce o crepúsculo iniciam as suas caçadas, naquele voo que nos parece incerto e titubeante, mas que eles sustentam durante longas horas. Caçam por vezes a noite inteira e só se recolhem após o albor da madrugada.
    O Dr. Campbell, num exame que fez dos excrementos destes morcegos encontrou 90% de restos de mosquitos. Nas suas 10 horas ou mais de caça calcula-se que cada um chega a apanhar de 500 a 600 desses insetos.
    Quer na América do Norte, quer na Europa, encontram-se abrigos em forma de torres para proteger esses quirópteros de tamanha utilidade. Há formas bem pequenas como a Myotis nigricans, que mede 40 a 45 mm, corpo e cabeça.
  • Com cauda de rato (Molossídeos): Distinguem-se bem os morcegos desta família, todos de tamanho regular, mas muito bem caracterizados pela cauda comprida que excede a margem inferior da membrana interfemural, de modo a ficar em grande parte livre.
    Mostra o focinho obliquamente truncado ou obtuso, orelhas ora largas e arredondadas ora estreitas e algo pontudas, por vezes ligadas na base.
    Muito curioso é que a membrana interfemural goza da faculdade de se retrair à vontade, e assim, com essa espécie de leme, o morcego toma com rapidez várias e tortuosas direções na caça aos insetos.
    Estes morcegos cosmopolitas como os da família anterior, possuem certas glândulas de secreção externa que espalham cheiro intolerável. São exímios caçadores de insetos, preferindo os coleópteros.
    No gênero Tadarida encontram-se espécies que se distingqem de todos os outros desta família por possuírem pregas verticais muito salientes no lábio superior - diz Cunha Vieira. Esses morcegos orelhudos acham-se espalhados pela América Central e do Sul.
  • Com ventosas nos pés (Tiropterídeos): Família muito curiosa de morcegos pequenos caracterizados por discos adesivos, verdadeiras ventosas de que seu , sola e polegares são dotados. Um só gênero com três espécies.
    Ninguém teve oportunidade de observar a vida destes morcegos de pequeno porte (Thyroptera albiventer - 35 a 37 mm cabeça e corpo) como Antenor de Carvalho e assim como Eurico Santos, autor da Coleção Zoologia Brasílica, transcreveu as informações do autor original:
    "Habitam exclusivamente as prefoliações das plantas da família das musáceas, denominadas "sororoca", Ravenala guianensis, "sororoquinha", Heliconia brasiliensis que são abundantes na região, e depois da introdução da bananeira (Musa sp.), nas prefoliações destas".
    "Repousam durante o dia dentro das prefoliações aderidos às paredes destas, uns por cima dos outros, sempre de cabeça para cima, em posição vertical, e mais ou menos expostos ao sol e às chuvas; pois, as sororocas nascem nas orlas e clareiras das capoeiras e matas".
    São encontrados de 2 a 6 indivíduos do mesmo sexo em cada prefoliação. Somente na época da criação é que se vêem indivíduos de sexos diferentes na mesma prefoliação, isto é, as fêmeas com machos jovens ainda mamando.
    Têm somente uma cria em cada parto, a qual trazem sempre aderida à teta mesmo no voo. Alimentam-se de pequenos insetos.
    Os filhotes já desmamados, ainda acompanham as mães por algum tempo, nos vôos de caça.
    Nos meses de setembro e outubro encontrei fêmeas prenhes, recém-paridas e com filhotes desmamados. São nômades, pois, as prefoliações só lhes oferecem abrigo por uns 3 ou 5 dias, findos os quais são obrigados a se mudar para outras prefoliações.
    Há ocasiões que em um sororocal não há uma só prefoliação com diâmetro capaz de lhes darem guarida, obrigando-os a emigrarem para outros sororocais mais distantes e hospitaleiros.
    Para entrarem nas prefoliações, aderem primeiro às bordas externas defronte ao ápice com um pequeno voo passam para a parede interna que contém o ápice e aderidos descem deslizando até o fundo da prefoliação.
    Para saírem, sobem deslizando até a borda, donde alçam voo.
  • Com lábio rachado (Noctilionídeos): Nesta pequena família, com dois gêneros e poucas espécies, encontramos morcegos grandes, de orelhas pontudas, bem separadas, focinho saliente, cheio de pregas, como se tivessem os lábios rachados.
    Olhando a caratonha do bicharoco, achamos algo da fisionomia canina. A membrana interfemural, ou uropatágio, é grande, totalmente nua, "perfurada na parte superior por uma cauda bem desenvolvida".
    As pernas longas e os pés muito desenvolvidos ostentam dedos fortes com verdadeiras garras. Dessas garras se servem para pescar peixes à maneira das gaivotas em voo por cima das águas dos mares e dos rios. Gostam tanto de peixe que chegam a roubá-los das redes dos pescadores, como Oliveira Pinto teve ensejo de observar na Ilha de Madre de Deus (Bahia).
    Tratava-se de Noctilio leporinus, o mesmo que o geógrafo Hugh Cotth observou na Ilha de Marajó. Esses morcegos pescadores (quer os do gênero Noctilio, quer os do gênero Dirias) vivem no oco das árvores, dando grande preferência à morcegueira. À tarde saem para as suas pescarias e caçadas pois no seu estômago têm sido encontrados insetos, bem como crustáceos e até frutos. Exalam um fedor insuportável, especialmente as espécies do gênero Dirias.
  • Com cauda livre (Embalonurídeos): São morcegos um pouco abaixo do tamanho médio, caracterizados "pela curiosa disposição da cauda, que sendo muito mais curta que a membrana interfemural, perfura-a na sua parte superior, ficando assim com a extremidade inteiramente livre.
    Os machos de certos gêneros possuem glândulas muito desenvolvidas, nas membranas das asas ou na interfemural. — Tais glândulas que parecem servir para atrair as fêmeas na época da procriação, desprendem um humor de cheiro amoniacal. São todos insetívoros.
    Como curiosidade do grupo cita-se o morcego-branco (Diclidurus albus) que tem pêlo lanoso, de cor branca-creme, orelhas arredondadas, curtas e de cor amarelada.
    O Príncipe de Wied, que o descreveu, encontrou-o nas folhas do coqueiro onde parece ter moradia.
    Outra singular criatura desta família é Rhynchiscus naso que podia chamar morcego-trombudo, pois o focinho acompridado dá ares de uma pequena tromba.
    A cor geral é parda-cinzenta, mais carregada no dorso e com o tom amarelado no ventre. Vivem em bandos nas vizinhanças dos cursos d'água e banhados.
    "Durante o dia escreve Carlos Vieira, repousam sobre as pedras ou na superfície lisa dos troncos que se debruçam sobre a água e aderem aí tão fortemente, que tomam a aparência de um bando de borboletas pouco visíveis, devido ao colondo cinzento-claro que os confunde com a casca das árvores".
    Ao chegar a tarde, fartos do repouso diurno, iniciam por sobre as águas a caça dos mosquitos e outros insetos.
    Amazonas, Pará, Mato Grosso, Minas Gerais e Espírito Santo são os estados onde têm sido encontrados.